O exemplo de Cristo frente ao Poder Político-Religioso da época
A lição que Jesus deixou foi que a verdadeira autoridade não é do tipo que se conquista com gritos e golpes, mas com a verdade, com o amor e com a justiça. Ele desafiou o sistema religioso da sua época, que usava a fé como um trampolim para o poder e que oprimia as pessoas com seu peso. Mas o que Ele queria, na verdade, era que as pessoas vissem que o Reino de Deus é algo que não se compra nem se conquista com força bruta, armas, dinheiro ou qualquer recurso material, mas algo que começa no coração de quem entende sua essência e busca viver de maneira justa, verdadeira, misericordiosa, perdoadora, pacifica e amorosa refletindo em si o amor que Ele mesmo teve por cada um de nós. E é isso que ainda inspira e transforma vidas, hoje e sempre..
2/9/20254 min read


A postura de Cristo diante do poder político e religioso da sua época é uma daquelas lições que mexem com a gente até hoje. Ele não se curvou diante de nada nem de ninguém, desafiou os poderosos da sua época e, ao fazer isso, mostrou o que é ser verdadeiro líder. Jesus não estava interessado em controlar ninguém nem em se alinhar com os poderosos para garantir um lugarzinho confortável no mundo. Ele queria mais: compaixão, justiça, misericórdia, graça, amor, perdão e verdade são valores que o acompanharam em sua jornada. É um baita exemplo pra gente que vive nesse mundo de jogo de poder e promessas vazias.
Na época de Cristo, o cenário era complexo. Roma dominava tudo, e os fariseus, os saduceus e os líderes religiosos, como o sumo sacerdote, mantinham o controle sobre a fé, mas estavam mais preocupados com o poder e com dinheiro do que com o verdadeiro sentido da fé e religião que confessavam. Eles, muitas vezes, se uniam aos romanos, não pra ajudar o povo, mas pra garantir seu próprio bem estar.
Jesus, frente aos religiosos e toda sociedade da época estava ali para mostrar que a fé não podia ser usada como ferramenta de manipulação. E, olha, se tinha uma coisa que Jesus rechaçava era a hipocrisia. Ele denunciava essas autoridades religiosas que, em vez de se preocuparem com o bem do povo e entenderem o significado e essência da Palavra de Deus, estavam mais interessadas nas aparências. Em Mateus 23:23-24, Ele solta uma dessas pérolas: "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas desprezais o mais importante da lei: a justiça, a misericórdia e a fé." Ele já deixava claro que não adianta parecer santo com regras e rituais se, no fundo, a pessoa não tem compaixão, justiça e fé.
E a coisa não parava por aí, não. Quando Ele chegou ao Templo e viu a situação terrível que estava acontecendo lá , com cambistas se aproveitando do sagrado, não pensou duas vezes. Virou tudo de cabeça pra baixo! Derrubou as mesas e ainda disparou: "Minha casa será chamada casa de oração, mas vós a tendes por covil de ladrões." Ele não estava só falando de um lugar físico, não. Estava dizendo que a religião não deveria ser um comércio, um jogo de interesses. Ele queria um lugar de pureza e de adoração verdadeira, sem o peso da exploração.
E Jesus não parou por aí, não. Ele não ficou só na crítica. Ele queria que as pessoas pensassem de forma diferente, que enxergassem a vida e o mover espiritual da maneira correta. A verdade de Jesus é como um grito no meio do barulho, mostrando que a verdadeira espiritualidade não está no controle, mas no coração de quem busca viver com justiça, misericórdia e amor.
E, se a gente for pensar na relação de Jesus com os romanos, a coisa ficou ainda mais interessante. Roma estava lá, governando tudo com mão de ferro, e os líderes religiosos estavam alinhados, fazendo o jogo deles. Mas, quando os fariseus tentaram pegar Jesus em uma estratégia, tentando coloca-lo em confronto com Roma perguntaram se era certo pagar impostos a César, Ele deu uma resposta que parecia simples, mas, na realidade, tinha profundidade: "Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus." Como quem diz: "Sim, o governo de César tem seu lugar, mas o que realmente importa é o reino de Deus." Uma resposta bem dada sem precisar entrar em guerra com ninguém.
Jesus sabia que o império romano não era seu inimigo direto, mas também não se calava diante das injustiças impostas. Ele não veio pra criar um império terreno, não estava interessado em tomar o lugar de César. Ele tinha algo mais profundo em mente: transformar os corações das pessoas, trazer arrependimento aos pecadores e salvação aos perdidos. Na verdade, o poder d’Ele não era do tipo que se vê nas ruas, nas batalhas, discussões e confrontos mas era um poder que mudava vidas das pessoas de dentro pra fora.
E aí, quando chegou na hora do julgamento diante de Pilatos, governador romano, Jesus foi bem claro. Pilatos perguntou se Ele era o rei dos judeus, e Jesus não se deixou enganar. A resposta d’Ele foi direta: "Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade." O que Ele queria deixar claro é que seu reinado não era político, não era pra lutar por um trono aqui na Terra. O Reino de Deus era algo que não se via com os olhos, mas sentia-se no coração, e a verdade que Ele pregava ia além de qualquer poder terreno.
Não era sobre derrubar impérios, mas sobre fazer as pessoas entenderem que o verdadeiro Reino de Deus começa ali dentro de cada um, no coração. Em Lucas 17:20-21, Ele fala: "O reino de Deus não vem com aparência exterior... porque o reino de Deus está dentro de vós." O Reino não é de ouro ou de prata, não é um castelo ou um exército, mas uma transformação que acontece na alma.
No final das contas, a lição que Jesus deixou foi que a verdadeira autoridade não é do tipo que se conquista com gritos e golpes, mas com a verdade, com o amor e com a justiça. Ele desafiou o sistema religioso da sua época, que usava a fé como um trampolim para o poder e que oprimia as pessoas com seu peso. Mas o que Ele queria, na verdade, era que as pessoas vissem que o Reino de Deus é algo que não se compra nem se conquista com força bruta, armas, dinheiro ou qualquer recurso material, mas algo que começa no coração de quem entende sua essência e busca viver de maneira justa, verdadeira, misericordiosa, perdoadora, pacifica e amorosa refletindo em si o amor que Ele mesmo teve por cada um de nós. E é isso que ainda inspira e transforma vidas, hoje e sempre.
Reflexão
Discussão sobre Cristianismo e política contemporânea.
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